23/01/2023 | Por: Talisson Lange
As Secretarias Municipais de Agricultura e Meio Ambiente indicam que continuamos vivenciando um período severo de estiagem, que resultou na redução drástica nos níveis de todos os poços artesianos do Município de Três Passos, causando falta de água potável e consequentemente severo racionamento para toda a população da área rural.
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil reconheceu a situação de emergência em Três Passos, através de publicação da portaria nº 284 de 20 de janeiro de 2023, no Diário Oficial da União, com validade de 180 dias.
Dados das secretarias apontam que os atingidos pelo racionamento de água resultam em praticamente toda a população rural. Dentre estes moradores, além do racionamento de água potável, aproximadamente 400 pessoas tiveram danos mais severos, ficando completamente sem água para o consumo humano e necessitando do auxílio da Prefeitura Municipal para sua subsistência.
O prefeito municipal, Arlei Tomazoni, declara situação de emergência nas áreas do município afetadas pela estiagem, pois a redução das precipitações pluviométricas previstas para a temporada causaram o comprometimento das reservas hidrológicas locais. “Nós estamos trabalhando com todo o aparato disponível para minimizar os efeitos deste desastre, e damos total assistência aos afetados”, completou.
Com prejuízos significativos no setor agropecuário que ultrapassam R$ 71 milhões, todas as localidades do Município de Três Passos estão sofrendo com a falta de recursos hídricos.
O setor leiteiro, até o momento, teve perda de 20%, com valor total de R$ 3.437.969,00. O Milho Grão Safra Normal teve perda de 60%, perfazendo o valor de R$ 19.992.000,00. O Milho Silagem também teve quebra de 45%, com R$ 33.075,00 de prejuízo. O Soja teve perda de 20%, com prejuízo financeiro de R$ 15.048.000,00.
A estiagem e suas consequências não tiveram reflexos significativos nas demandas acolhidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, porém, se esta situação de escassez de chuvas perdurar, poderá haver reflexos maiores, não somente na falta de água potável, como também o aumento ao acesso por benefícios socioassistenciais.